ODÔ FIABA: UMA SAUDAÇÃO À IEMANJÁ

Klysman Maia Lomeu1 FERREIRA, Felipe de Castro CAFFINI, Patricia Maia do Vale HORTA, Malio AFLISIO

Resumo


Criada no início do século XX, a umbanda deriva de outra religião de matriz africana, o candomblé, também do catolicismo e kardecismo. Apesar de suas raízes africanas, a umbanda é uma religião brasileira de fato. Utilizando do mesmo artifício do candomblé para sobreviver, faz uso do sincretismo religioso relacionando suas divindades aos santos da igreja católica. (NEGRÃO 1994). As religiosidades contribuem na criação de uma cultura alimentar, que é um conjunto de práticas alimentares, que são características de uma comunidade ou região. Culturas alimentares são influenciadas pela história de uma população, regionalidade, disponibilidade de insumos, necessidades coletivas e influências externas a um grupo, como imigração e religiosidades (CAMARGO; COSTA; ULBRICH, 2021). O ato de se oferecer alimentos a divindades é uma pratica ancestral da humanidade, é algo que permeia a história humana a fim de se estreitar os laços com o divino; entretanto, é um ato de resistência, de confirmação de uma cultura, de tradições, de técnicas e elementos que são repetidos afim de confirmar uma identidade coletiva. E durante as festividades também se oferece comida aos frequentadores estreitando os laços com os semelhantes (CAMARGO; COSTA; ULBRICH, 2021). A comida como elemento de aproximação é algo presente em muitas culturas, como é evidenciado anteriormente, o que não é diferente dentro da umbanda. Então como representar a ligação entre comida e a umbanda por meio de um prato de gastronomia contemporânea? Este trabalho tem como objetivo apresentar um prato baseada na comida de santo oferecida a Iemanjá com técnicas contemporâneas para representá-lo.

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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13970446


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