QUITANDAS MINEIRAS: DA TRADIÇÃO À CONTEMPORANEIDADE

Camila Viega, Felipe de Castro Caffini, Patricia Maia do Vale Horta, João Batista Villas Boa Simoncini, Jefre Milione da Silva

Resumo


A palavra quitanda é derivada de “kitanda” e significa tabuleiro na língua quimbundo, idioma falado na região noroeste da Angola (LIFSCHITZ; BONOMO, 2015). No Brasil, o termo apresenta outro significado, sendo comumente utilizado para nomear pequenos comércios que expõem seus produtos em bancadas ou tabuleiros. No entanto, em seu sentido original, quitanda era uma palavra designada para definir itens servidos com café que ficam dispostos em tabuleiros para a venda. Alguns exemplos de quitanda são os biscoitos, a broa, a rosca, o sequilho, o bolo, ou seja, tudo aquilo servido com o café, com exceção do pão (BONOMO, 2014). As quitandas são uma tradição em Minas Gerais, que se propagaram historicamente devido ao trabalho realizado pelas quitandeiras. Dessa forma, as quitandas são consumidas diariamente no café da manhã e no lanche da tarde dos mineiros e apresentam como matéria-prima ingredientes como ovos, leite, queijo e milho, típicos de Minas Gerais (BONOMO, 2014). Na contemporaneidade existem padrões de consumo e preparo que exigem com que a dinâmica alimentar seja adaptada. Gimene e Morais (2012) discorrem sobre a necessidade da interação, influência e convivência entre inovações e tradições, gerando um cenário em que exista a reinvenção de sabores, texturas e práticas que tenham um novo sentido, se adaptando às necessidades e aos paladares contemporâneos. Ciente disso, de que maneira é possível valorizar as quitandas mineiras a partir de uma perspectiva contemporânea? O objetivo deste trabalho é propor a releitura de quitandas tradicionais mineiras produzindo o sorvete de broa de milho com erva-doce, tuile 3 de queijo e calda de café.

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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.14001926


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