DOCE MEMÓRIA MINEIRA
Resumo
Um dos períodos mais importantes na história do estado de Minas Gerais foi o ciclo do ouro, que contribuiu para a formação histórica da comida mineira, nesse período a culinária local muito desenvolvida por tribos indígenas recebeu influências de imigrantes portugueses e africanos que passaram a compartilhar ingredientes (MENEZES, 2020). Segundo Rubem Alves (2000) em seu poema A Cozinha, mesa sempre farta com os membros da família, amigos e fogão de lenha são elementos importantes na construção de uma cozinha aconchegante e acolhedora, ou seja, mineira. A cozinha não é o lugar mais bonito ou chique da casa, está localizada nos fundos mais perto da horta e do pomar, ou seja, do quintal, com intenção de facilitar os preparos das refeições. A hospitalidade mineira é reconhecida e memorizada por “acolher os visitantes com cortesia”, ou seja, está ligada ao jeito mineiro de socializar e de receber bem as visitas com a mesa sempre farta, na intenção de “empanturrá-los de comida” (MAGALHÃES; PIRES, 2008 apud PIRES, 2017, p. 188). A culinária mineira é composta por uma soma de ingredientes, como o milho e seus derivados, a mandioca nas mais diversas formas e outros tubérculos, o leite, o queijo, especiarias, folhagens, carnes, predominantemente de frango e porco, que compõem os pratos (ABDALA, 2006). Diante dessa diversidade, como criar uma sobremesa para valorizar ingredientes tipicamente mineiros? O objetivo desse trabalho é propor uma sobremesa feita de diferentes elementos da cozinha de Minas com texturas variadas, tendo como protagonistas o milho, o leite e o queijo.
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https://doi.org/10.5281/zenodo.13885207
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