AS QUITANDAS E QUITANDEIRAS DE MINAS GERAIS: HERANÇA DE QUITANDAS

Maria Clara Drummond Pires AVIDAGO, Felipe de Castro CAFFINI, Patricia Maia do Vale HORTA, João Batista Villas Boas SIMONCINI, Marianna de Alencar SOUZA

Resumo


O objetivo desse tralho é estabelecer uma releitura de algumas quitandas tradicionais, utilizando insumos e técnicas aplicadas pelas quitandeiras durante o decorrer da história. Segundo SIMONCINI (2021), quitanda é um termo derivado de Kitanda, de origem quibumdu, que significa tabuleiro. Quitandeiras é o nome dado as escravas conhecidas como “negras de tabuleiro” ou “escravas de ganho”, que vendiam seus produtos nas ruas em tabuleiros. A prática de venda das quitandeiras atravessou o continente e se espalhou pelo Brasil. Em Minas Gerais, especificamente, a prática das vendas das quitandeiras eram feitas na região mineradora. Quando ocorre o esgotamento e o abandono das minas o cenário das quitandas muda, bem como suas práticas, sendo reconhecidas a partir de então como pastelaria caseira. (BONOMO, 2018). Bonomo (2018) explica no artigo “O ofício das quitandeiras de Minas Gerais: um patrimônio nas entrelinhas”, que as receitas de quitandas são passadas por transmissão oral do conhecimento, são memórias que podem ser consideradas herança. Diante disso, como é possível recriar um prato fazendo com que as memórias das receitas de quitanda continuem reverberando até os dias atuais, valorizando tais práticas? O presente trabalho traz como foco a pastelaria caseira de Minas Gerais, criando uma régua com quatro sobremesas que utilizam técnicas e insumos utilizados pelas quitandeiras tradicionais mineiras.

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