CIDRA: AMARGA E DOCE MEMÓRIA
Resumo
O açúcar pode ser produzido por uma variedade de frutas, sejam elas tropicais ou não, porém, o principal insumo para sua produção é a cana-de-açúcar. Registros mostram que a introdução da cana-de-açúcar no Brasil foi em 1532, se tornando muito importante dentro da cultura brasileira (FREYRE, 2007). A doçaria brasileira surge a partir da grande produção de cana-de-açúcar, quando acontece a união do açúcar com as frutas tropicais, havendo vários doces secos e em caldas (FREYRE, 2007). Segundo Lody (2010) as compotas surgiram como meio de conservação das frutas nas estações mais frias. Nas altas estações, haviam as produções e os ciclos agrícolas, onde tudo era armazenado e preparado para quando o frio chegasse. Na doçaria mineira, há grande influência dos portugueses, com seus gostos, técnicas e receitas. Todavia, houve certa dificuldade para encontrar os ingredientes necessários para o preparo de tais receitas, então, passou-se a utilizar os insumos disponíveis, que eram produtos brasileiros, como frutas – goiaba, mamão, laranja, caju, maracujá e abacaxi – queijos, mandioca, castanhas e amendoim (CORRÊA et al, 2017; FREIXA, 2008 apud MONTEIRO, 2020). Pode se destacar que Minas Gerais tem uma variedade de doces, sendo eles - de goiaba, laranja, abóbora, figo, mamão, pêssego, entre outros. Entre esses, existe o doce de cidra, que no Brasil é muito conhecido em Minas, principalmente no interior (FRAGOSO et al, 2017). Diante dessa informação, como transformar o doce de cidra em uma sobremesa, saindo do tradicional, mas preservando suas raízes? O objetivo deste trabalho foi trabalhar com um doce tradicional mineiro preservando seu sabor original, mas com diferentes técnicas e harmonizações. A cheesecake3 basco de queijo minas com calda de cidra, sorvete de cravo e a farofa de coco atenderam o intuito de modernizar uma sobremesa tradicional mineira.
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PDFReferências
https://doi.org/10.5281/zenodo.13963843
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