ODOIÁ!: À SOBREMESA DE IEMANJÁ

Letícia Silveira RODRIGUES

Resumo


Ocorrida a ‘descoberta’ das terras que logo foram denominadas Brasil, os portugueses, no século XVI, criaram interesse na exploração de pau-brasil e nas terras férteis que ali possuía. E para isso, importaram negros provindos da África para servirem de mão de obra escrava fazendo com que um quarto da população da região fosse negra. Em realidade diferente de sua terra natal, afrodescendentes se viram marginalizados e discriminados socialmente e culturalmente. Socialmente pelo fato de que eram isentos de direitos e, culturalmente por terem sido coibidos de manifestar suas práticas religiosas. Portanto, a proposta deste trabalho foi homenagear a religião africana Candomblé através da Gastronomia, apresentando-se uma sobremesa que faz alusão à uma das figuras emblemáticas dessa crença, a Orixá Iemanjá. A metodologia empregada neste trabalho baseia-se em uma pesquisa bibliográfica sobre a marginalização de cultos afro no Brasil, e em uma pesquisa experimental na qual foi criada uma sobremesa constituída pela panna cotta de rosas, a espuma de manjar branco e a ‘areia’ de coco queimado, sendo ela, assim, fundamentada nas oferendas mais comuns destinadas à Iemanjá. Por meio deste trabalho pôde-se fazer, com sucesso, uma relação entre religião e gastronomia, trazendo consideração à uma crença que ainda sofre discriminação nos dias atuais.


Palavras-chave: Comida de santo. História. Oferenda. Religião. Escravidão.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.14007933


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