O PAPEL DA DÚVIDA PARA O FILOSOFAR

NATANAEL COMINOTI

Resumo


Este trabalho tem por objetivo analisar o papel da dúvida como um caminho para o filosofar mesmo. Para embasar melhor nosso trabalho iremos utilizar a obra Meditações Metafísicas (1983) de René Descartes. A pergunta que nos aparece é: como a dúvida contribui para o filosofar? Nosso trabalho considera a filosofia de Descartes a fim de perceber como o processo de duvidar possui um papel importante no conjunto dessa filosofia. De maneira específica, na filosofia cartesiana, a dúvida está a serviço de um projeto filosófico, a saber, fundamentar a nova ciência. Compreende-se, então que, se não há dúvida não há filosofia. Em contrapartida, o ceticismo de Montaigne mostra a dúvida como um fim nela mesma e Descartes dá um passo a mais, no qual, utiliza-se dela para desmitificar a relação entre o cartesianismo e o ceticismo. Contudo, para a filosofia a dúvida é uma condição primária, que muitas vezes se parece secundária e sem o exercício da dúvida, não saímos da zona de conforto, da ignorância e paramos no caminho para o processo do conhecimento.


Palavras-chaves: Dúvida; Descartes; Filosofar; Montaigne.


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