AO ANJO ESQUECIDO E AO CHEIO DE ESPERANÇA, FLAMEJANTES RECORDAÇÕES: MEMÓRIAS DE BRÁS CUBAS E DE CARMEM

Regina R. Félix

Resumo


Machado de Assis e Emília Bandeira de Melo, a Carmen Dolores, privaram de certa amizade. Na coluna “A Semana” do prestigioso jornal O País, em obituário para o autor, Bandeira de Melo menciona os altos e baixos de tal relacionamento. O presente artigo mostra a estratégia memorial dos escritores - que transparece na recordação da crônica de Carmen Dolores - paralela à performance dos personagens-escritores no campo literário através do foco (auto-) biográfico das narrativas Memórias Póstumas de Brás Cubas e Gradações. As diferenças encontradas no processo memorial de Brás Cubas e Carmen refletem os vestígios da autoridade autoral de Machado e Bandeira de Melo na formação e configuração política do campo cultural contemporâneo seu. 

Palavras-chave: Carmen Dolores. Machado de Assis. Literatura  memorial.
Autobiografia.


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