UM COPO DE CÓLERA E LAVOURA ARCAICA: LITERATURA E CINEMA SOB A DIÁSPORA SUBJETIVO-CULTURAL

Santana Alves Santana

Resumo


Lavoura arcaica (1975) e Um copo de cólera (1978) são duas narrativas de Raduan Nassar que estruturam cartografias subjetivo-culturais. Suas transposições para o cinema, feitas, respectivamente por Luiz Fernando Carvalho (2001) e Aluízio Abranches (1999), acompanham com certa simetria o literário e ressaltam elementos oriundos da cultura libanesa, explorados em regime mais referencial nos filmes. Desse encontro surgem confrontos e acordos existenciais que demonstram a diáspora a que movimentos migratórios estão submetidos. Nessa relação entre literatura e cinema, o movimento de hibridização entre as culturas será enfatizado, sob teorização de Stuart Hall (2003, 2006), bem como da dimensão rizomática e do devir, conceitos propostos por Gilles Deleuze e Félix Guattari (2001, 2005). Acompanharemos a influência artística e reflexiva que a literatura acrescenta ao cinema, arte intersemiótica que, apesar de sua dimensão industrial e massiva, é capaz de sofisticar-se em sua maleabilidade de territorialização, desterritorialização e reterritorialização de valores.

Palavras-chave: Lavoura arcaica. Um copo de cólera. Raduan Nassar. Literatura e cinema. Subjetividade rizomática.


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