A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA COMO EXPRESSÃO DA LÓGICA NEOLIBERAL
Resumo
Nas últimas décadas, com a evolução sofrida pela medicina, evidencia-se a disseminação de práticas científicas excessivamente racionais e que reduzem o indivíduo unicamente a seus aspectos biológicos, revelando o processo de medicalização da vida. Na tentativa de normalizar comportamentos cotidianos, há a utilização de discursos médico-científicos para legitimar as práticas clínicas sobre os indivíduos que passam a ser inscritos na dualidade entre normal e patológico, especialmente quando há a manifestação de sofrimento. O presente artigo tem por finalidade discutir a relação entre a medicalização da vida e a produção de subjetividade, problematizado a maneira com a qual o neoliberalismo surge como terreno fértil para a concepção de psicopatologias. Para tanto, o estudo exploratório de natureza qualitativa pondera como a produção de sujeitos neoliberais altera dialeticamente as formas de expressão e produção do sofrimento. A partir de uma revisão bibliográfica, busca-se reunir dados que atestem a associação manifesta entre o campo das psicopatologias e o desenvolvimento da lógica neoliberal.
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