A SAÚDE MENTAL NA LOGOTERAPIA: CONFRONTANDO O MODELO PSIQUIÁTRICO HEGEMÔNICO
Resumo
A presente pesquisa tem o objetivo de apresentar e confrontar duas perspectivas distintas de apreciação do termo saúde mental: a do modelo psiquiátrico hegemônico e a da logoterapia. Para alcançar esta meta, foi utilizada a metodologia conhecida como pesquisa conceitual, com a finalidade de conhecer e analisar as concepções distintas que tal conceito assume em ambas as óticas. Em primeiro lugar, buscou-se apresentar a atual definição de saúde mental da psiquiatria hegemônica, articulando-a com o paradigma em que se insere. Há, nesta etapa, uma apreciação crítica da base epistemológica, do contexto político-ideológico e das consequências de ordem social decorrentes desse paradigma. Então, apresentam-se as contribuições específicas da logoterapia, que compreende o constructo saúde mental de forma distinta, considerando os fenômenos característicos da existência humana e a sua dinâmica particular. Enfim, recorre-se à antropologia frankliana para discutir a necessidade de considerar a saúde mental a partir de todas as dimensões do ser humano — biológica, psicológica, noética e social —, explicitando uma elaboração não-reducionista do conceito. A conclusão realça que a perspectiva da logoterapia permite uma definição mais coerente, ampla e construtiva do referido vocábulo. Espera-se que este trabalho auxilie para a ampliação do campo de debates sobre a questão da saúde mental, no qual a logoterapia possa ser concebida como uma alternativa para o modelo psiquiátrico vigente.
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