DO CAPITALISMO DE PRODUÇÃO À AGENDA NEOLIBERAL: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DA SUBJETIVIDADE DO TRABALHADOR
Resumo
Por meio da análise do contexto que ficou conhecido como capitalismo de produção e de suas transformações até chegar à forma atual do neoliberalismo, o presente artigo examina como as relações de trabalho e a influência neoliberal afetam as subjetividades na sociedade pós-moderna ocidental. Isso ocorre através da promoção da competitividade, da insegurança e da sua agenda midiática, como fatores determinantes para o sofrimento do trabalhador. A partir da teoria marxista, da abordagem psicanalítica freudo-lacaniana e do pensamento de Christian Laval e Pierre Dardot, propõe-se uma análise de uma sociedade que, ao se deixar seduzir pelas promessas do mercado, vê seus limites se dissiparem. Promessas que se destacam em relação a outras formas simbólicas que identificam o sujeito, como a tradição, a família e a política. Pretende então, demonstrar que a patologização e a individualização são aliadas dessa estrutura que gera sofrimento. Na qual a psicologia se fez cúmplice ao longo de sua história, em mecanismos como a medicalização e o aumento de psicodiagnósticos, afetando o trabalho, através de noções como auto aprimoramento e patologias derivadas do espaço laboral. Entendendo que, ao analisar esse cenário, associado ao que fazer psicológico, pode-se compreender os impactos sobre as subjetividades.
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.