DO CAPITALISMO DE PRODUÇÃO À AGENDA NEOLIBERAL: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DA SUBJETIVIDADE DO TRABALHADOR

Carlos Miguel Miguel de Lima, Fernada Oliveira Queiroz de Paula

Resumo


Por meio da análise do contexto que ficou conhecido como capitalismo de produção e de suas transformações até chegar à forma atual do neoliberalismo, o presente artigo examina como as relações de trabalho e a influência neoliberal afetam as subjetividades na sociedade pós-moderna ocidental. Isso ocorre através da promoção da competitividade, da insegurança e da sua agenda midiática, como fatores determinantes para o sofrimento do trabalhador. A partir da teoria marxista, da abordagem psicanalítica freudo-lacaniana e do pensamento de Christian Laval e Pierre Dardot, propõe-se uma análise de uma sociedade que, ao se deixar seduzir pelas promessas do mercado, vê seus limites se dissiparem. Promessas que se destacam em relação a outras formas simbólicas que identificam o sujeito, como a tradição, a família e a política. Pretende então, demonstrar que a patologização e a individualização são aliadas dessa estrutura que gera sofrimento. Na qual a psicologia se fez cúmplice ao longo de sua história, em mecanismos como a medicalização e o aumento de psicodiagnósticos, afetando o trabalho, através de noções como auto aprimoramento e patologias derivadas do espaço laboral. Entendendo que, ao analisar esse cenário, associado ao que fazer psicológico, pode-se compreender os impactos sobre as subjetividades.


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