A BRUXA, A LOUCA E O SANGUE: DESCOSTURANDO A HEGEMONIA DO CONTROLE SOBRE O CORPO DA MULHER
Resumo
O presente estudo explora os discursos produzidos entre as perseguições históricas às mulheres. A caça às bruxas e a lógica manicomial, evidencia como essas narrativas contribuíram e contribuem para a marginalização e violação dos direitos das mulheres. A metodologia adotada é qualitativa, utilizando uma abordagem psicossocial para entrelaçar histórias de controle sobre corpos menstruantes. A pesquisa analisa o impacto da medicalização e dos discursos patriarcais que reduzem as mulheres à sua função reprodutiva, perpetuando estigmas e opressões. Os resultados revelam que a construção da feminilidade está entrelaçada com figuras de bruxas e loucas, demonstrando como tais representações têm sido utilizadas para controlar e silenciar essas vozes ao longo da história. O trabalho propõe uma crítica ao modelo biomédico e ao capitalismo, que desumaniza tais experiências, reduzindo-as a meros instrumentos de trabalho e reprodução. Na conclusão, o estudo sugere a necessidade de práticas de cuidado mais inclusivas, a partir de perspectivas menstruais, a fim de resgatar saberes ancestrais de bruxas, curandeiras e parteiras. Por fim, o trabalho busca criar um espaço de resistência e empoderamento, propondo uma saúde integral que desafie as estruturas patriarcais e promova a autonomia sobre os corpos.
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