PELA DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA: O TRAJETO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA EM JUIZ DE FORA
Resumo
O texto aborda o processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil, com ênfase na experiência de Juiz de Fora que fazia parte do chamado “corredor da loucura”. A adoção dos preceitos da Reforma na Constituição de 88 marca o início da elaboração de uma saúde mental mais humanizada e inclusiva, todavia se faz fundamental lembrar que se trata de um processo ainda inconcluso. A manutenção e ampliação do cuidado promotor de cidadania exige constante reflexão e crítica. Em vista disso, Martin-Baró afirma que dentre as tarefas do psicólogo está o resgate da memória histórica, capaz de potencializar o desenvolvimento de uma consciência e saber críticos sobre si e a realidade social. Se baseando nesses preceitos e através de uma revisão narrativa, busca-se inicialmente, examinar a própria construção do entendimento do que é a loucura e como ela passou a ocupar um lugar abjeto e de não-razão que tem como consequência a construção de uma estrutura de controle violenta e segregadora. A partir disso são exploradas experiências para desconstruir, transformar e/ou reformar essas estruturas. Por fim é enfatizada a importância de uma psicologia crítica, multidisciplinar, inclusiva e promotora de cidadania, se alinhando com as necessidades das pessoas historicamente oprimidas.
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