SUBJETIVIDADE E CONSCIÊNCIA NA SOCIEDADE CAPITALISTA: UM DIÁLOGO ENTRE MARX E LEONTIEV

Lara Barreiro Feitoza, Bruno Feital Barbosa Motta

Resumo


Este artigo apresenta uma análise comparativa entre a teoria da alienação de Karl Marx e a Teoria da Atividade de Alexis Leontiev, explorando como suas perspectivas contribuem para a compreensão do desenvolvimento da subjetividade e da consciência em uma sociedade capitalista. A partir das obras Manuscritos econômico-filosóficos e O desenvolvimento do psiquismo, o estudo destaca que a subjetividade é moldada pelas condições socioeconômicas e culturais, sendo essencialmente um fenômeno social. Marx argumenta que o trabalho, em sua forma alienada, fragmenta a consciência e distorce a identidade do trabalhador, convertendo-o em uma mercadoria e rompendo seus vínculos com a coletividade. Leontiev complementa essa crítica ao propor que a consciência se desenvolve de maneira dialética por meio da prática social, e que a atividade consciente é o meio pelo qual o sujeito transforma tanto o mundo quanto a si mesmo. Ao longo do texto, são discutidos conceitos centrais de ambos os autores, como a alienação e a internalização, revelando que a prática consciente é o caminho para a emancipação e para a superação das limitações impostas pela sociedade de classes. A articulação entre as teorias de Marx e Leontiev oferece uma perspectiva integrada que ultrapassa as fronteiras entre a economia política e a psicologia, propondo uma compreensão crítica das dinâmicas sociais e das possibilidades de transformação. Este estudo introdutório, que busca servir de base para futuras pesquisas, destaca a importância da reflexão crítica e da prática coletiva na construção de uma sociedade mais justa e humana.


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