EROSFERA DIGITAL”: A PORNOGRAFIA ENQUANTO ATITUDE SEXUAL E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOCULTURAIS

Lara Pussente Cavalier do Vale Neto, Thais Cristina Pereira Ferraz

Resumo


O amor na esfera sexual transmuta seus significados ao longo da história e suas reverberações na realidade, nessa perspectiva tem-se a pornografia como produção desse amor na contemporaneidade. Esse artigo se propõe a investigar como a pornografia se estabelece enquanto prática cultural, criando uma atitude sexual e com ela, quais os prejuízos sociais/culturais podem ser observados. Para isso, foi realizada uma revisão narrativa da literatura com o principal objetivo de relacionar a formação de conceitos pornográficos com a construção de atitude sexual a partir da perspectiva da Teoria das Molduras Relacionais (RFT), analisar a pornografia digital como prática cultural através de estudos da metacontingência e descrever os prejuízos socioculturais decorrentes das práticas pornográficas digitais. Com o alto consumo e uma educação sexual pormenorizada no país, a pornografia assume um papel educacional entendido dentro da agência de controle “educação”, ensinando como as relações sexuais devem ser e sendo o primeiro contato da maioria dos jovens com o sexo e seus conceitos mais amplos. Ao buscar a compreensão sobre como são feitas essas produções de sexo explícito, foi possível identificar uma pornografia mainstream, pautada em preceitos machistas e violentos, principalmente para com as mulheres. Dessa maneira, foi possível observar diversos prejuízos associados a esse consumo e desenvolvimento de atitude sexual, como o surgimento de disfunções sexuais, reprodução de comportamentos ligados à violência sexual e incorporação de padrões corpóreos irreais.

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