TÃO-SÓ NA MATERNIDADE: O LUTO NA PERDA PERINATAL

Ana Clara Quetz Guimarães, Hila Martins Campos Faria

Resumo


O presente estudo buscou compreender a vivência do luto parental relacionado à perda perinatal. Tem-se ainda como objetivos, analisar as peculiaridades do lugar materno na perinatalidade frente a experiência de luto, compreender a experiência psíquica do luto e ainda refletir sobre as estratégias de intervenção psicológica que possam auxiliar no trabalho de luto mediante a este tipo de perda. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica narrativa, qualitativa e exploratória para a discussão do tema proposto. Os resultados evidenciam que a morte de um filho neste período é especialmente nociva para a mãe, causando-lhe uma verdadeira devastação psíquica, embora o sofrimento paterno também deva ser considerado. Pôde-se averiguar também como o entorno dessas famílias enlutadas e as equipes de saúde são, muitas vezes, despreparadas para lidar e proporcionar um espaço saudável para que o luto destes pais possa correr de modo salubre. Conclui-se que o fenômeno do luto tem suas reverberações psíquicas profundas e nocivas na vida da família enlutada e que as estratégias de intervenção psicológica são importantes para o cuidado desses pais, sendo elas a legitimação do sofrimento, a oferta da possibilidade de contato com o bebê após o óbito, a ritualização da perda e a possível criação de uma caixa de memórias que possa concretizar a existência do(a) filho(a).

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