A POBREZA NA CLÍNICA E A POBREZA DA CLÍNICA: OS SERVIÇOS-ESCOLA COMO MEDIADORES DO CONTATO ENTRE A PSICOLOGIA E A POBREZA

Luana Santos Marçal, Conrado Pavel de Oliveira

Resumo


O presente estudo se configura como uma revisão narrativa que objetiva fazer uma reflexão sobre a importância dos serviços-escola como mediadores do contato entre a Psicologia e uma população com maior vulnerabilidade social, especialmente com as pessoas pobres. O estudo explora como a hegemonia da clínica é histórica na Psicologia e acabou sendo transmitida para os serviços-escola (tanto que o nome comumente utilizado para tais serviços é clínica-escola), tornando-os mais restritos e limitados. Muito além da clínica propriamente dita, são exploradas possibilidades de formas de trabalho e de elaboração de uma atuação mais eficaz e menos elitizada das(os) psicólogas(os). A prática ensinada e exercida pelos profissionais tem um passado, ainda muito presente, de ser muito individualizante e centrada no sintoma, ao invés de considerar o paciente como um ser social, em relação com o mundo à sua volta, onde constitui e é constituído por ele também. Assim, são analisadas as possibilidades em torno do exercício profissional ponderando uma visão de sujeito considerando o social, já que no trabalho com a pobreza e a saúde mental, é inaceitável se desconsiderar o meio no qual a pessoa está inserida.

 

Palavras-chaves: Psicologia. Serviços-escola. Clínicas-escola. Pobreza.


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