O AUTISMO LEVE NAS REDES SOCIAIS: BREVES REFLEXÕES

Amanda Gonçalves, Luciene Moreira

Resumo


O Transtorno do Espectro Autista (TEA), classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, é um tema altamente discutido atualmente, principalmente, devido ao aumento do número de diagnósticos em todo o mundo. No Brasil, o autismo é caracterizado como deficiência e, dentre os modelos de estudo da deficiência, destacam-se o modelo biomédico – base dos manuais diagnósticos – e o modelo social – o qual considera a deficiência um fenômeno que ultrapassa a condição médica. Embora os manuais sejam responsáveis por nortear os diagnósticos e estejam cada vez mais conhecidos pela população em geral, eles não consideram a subjetividade dos indivíduos e reforçam um discurso patologizante, desconsiderando-se a individualidade de cada sujeito e o contexto sócio-histórico no qual a pessoa está inserida. As redes sociais são espaço de disseminação de informações sobre o autismo, tendo, como principais comunicadores do tema, pessoas com o diagnóstico de TEA ou familiares de pessoas que possuem tal diagnóstico. Todavia, apesar de ser um meio interessante para conscientizar a população, é preciso debater a respeito do tipo de conteúdo produzido e da fidedignidade das informações divulgadas. Os objetivos são apresentar um panorama acerca do TEA nível 1 (leve); descrever um breve panorama histórico do autismo, síndrome de Asperger e TEA nos manuais diagnósticos; compreender características, dificuldades e insights de pessoas com TEA leve e, finalmente, problematizar e discutir conteúdos disponíveis nas redes sociais de duas influenciadoras digitais com diagnóstico de TEA.

 

Palavras-chave: Psicologia. Autismo Leve. Síndrome de Asperger. Redes Sociais.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13363037


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