“TRISTE, LOUCA OU MÁ”: UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL ACERCA DOS PROCESSOS DE PATOLOGIZAÇÃO DA SUBJETIVIDADE DAS USUÁRIAS DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM JUIZ DE FORA-MG
Resumo
O presente artigo objetivou a compreensão e análise acerca dos processos de patologização da subjetividade de mulheres usuárias de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) no município de Juiz de Fora, MG. Foi realizada uma pesquisa de caráter quali-quanti, utilizando-se como estratégia metodológica a análise de dados em prontuários, realização de entrevista semi-estruturada e a observação participante por meio da construção de um diário de campo. Foi possível identificar como as mulheres egressas de longas internações vivenciam atualmente o seu processo pós desinstitucionalização em uma sociedade que é regida por um sistema patriarcal ocidental, afetado pelas diretrizes cisheteronormativas e colonizadoras que também perpassam a lógica manicomial. Ressalta-se a necessidade de uma discussão acerca das opressões geradas através das construções em torno da loucura e como elas se relacionam com os marcadores de classe, raça e gênero, compreendendo as formações de (re)existências, subjetividades e possibilidades de produção de vida interligados as dimensões da saúde da mulher.
Palavras-chave: Mulheres. Subjetividade. Patologização. Desinstitucionalização. Serviços Residenciais Terapêuticos.
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https://doi.org/10.5281/zenodo.13629636
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