O TEATRO DO OPRIMIDO COMO POSSIBILIDADE DE SUBJETIVAÇÃO POLÍTICA NAS JUVENTUDES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rafael de Lima Oliveira, Conrado Pável de Oliveira

Resumo


O presente artigo se apresenta como um relato de experiência na intenção de dar enfoque à exposição de encenações construídas coletivamente, em formato de esquete, orientadas pela metodologia do Teatro do Oprimido, realizada no município de Juiz de Fora- MG, durante o período das eleições presidenciais de 2018. Naquele momento crítico de crescente instabilidade e polarização para a política do país, as apresentações refletiam, como movimento de resistência, a necessidade da continuidade do processo, até então, elaborado no projeto de extensão “Práticas Teatrais e Estética do Oprimido”, realizado na faculdade de Psicologia do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, que teve por base as vivências dos jogos e exercícios criados pelo dramaturgo brasileiro Augusto Boal. As esquetes procuraram provocar uma perspectiva crítica em relação às opressões impostas na sociedade atual, como: Racismo, Xenofobia, Homofobia e Estigmatização da Loucura. Deste modo, o intuito deste relato é tornar visível os efeitos do processo trabalhado pelo grupo afim de explicitar em que medida esta experiência pode figurar como  possibilidade de subjetivação política nas juventudes atualmente. A experiência apontou para a necessidade de práticas que se proponham a ações concretas e continuadas, princípio fundamental compreendido nas bases do TO. Esta posição pressupõe a consciência do constante movimento da história concebendo o ser humano como ser em permanente construção.

 

Palavras-chave: Teatro do Oprimido.  Modos de Subjetivação.  Política.  Juventudes.


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