A LÍNGUA NÃO DOMINADA E A EMERGÊNCIA DA ANGÚSTIA: DO VERBO À BABEL CONTEMPORÂNEA

Natália Rosso, Regina Coeli Aguiar Castelo Prudente

Resumo


RESUMO:

Do Verbo original à Babel contemporânea, a linguagem é a protagonista. Desde a construção da subjetividade aos reflexos no sujeito diante do caos quando imerso em língua não dominada. À frente de diferentes sons, símbolos desconhecidos e da mudez forçada, quando o repertório próprio não é suficiente, o que emerge não é outra coisa senão a própria angústia. Decorrente da quebra da cadeia de significantes pelo impasse nas representações psíquicas e instabilidade do Simbólico, a angústia se apresenta como o encontro com a face do Real. Os movimentos migratórios e de exílio marcam a desterritorialização espacial e subjetiva característicos deste século. Refugiados ao deixarem a terra natal, também se afastam dos seus valores identitários, dos costumes, da cultura e da língua. Através de pesquisa exploratória e revisão bibliográfica, nas quais Saussure e Benveniste alicerçam o aporte linguístico, assim como Freud e Lacan a construção psicanalítica do inconsciente, investigou-se o que ocorre na subjetividade do sujeito diante de língua estrangeira.

Palavras-chave: Linguagem. Subjetividade. Angústia. Língua. Refugiado.

 

THE NON-DOMINATED LANGUAGE AND THE EMERGENCE OF ANGUISH: FROM THE VERB TO CONTEMPORARY BABEL
 

ABSTRACT:

From the Verb to contemporary Babel, language is the protagonist. Since the construction of subjectivity until the reflexes on the subject into the face of chaos when immersed in a non-dominated language. In the face of different sounds, unknown symbols and forced muteness, when the repertoire itself is not enough, what emerges is nothing other than the anguish itself. Due to the breakdown of the chain of signifiers by the impasse in the psychic representations and instability of the Symbolic, the anguish presents itself as the encounter with the face of the Real. The migratory and exile movements mark the spatial and subjective deterritorialization characteristic of this century. When leaving their homeland refugees also deviate from their identity, customs, culture and language. Through exploratory research and bibliographical revision, in which Saussure and Benveniste base the linguistic contribution, as well as Freud and Lacan the psychoanalytic construction of the unconscious, we have investigated what occurs in the subjectivity of the subject before a foreign language.

 

Keywords: Language. Subjectivity. Anguish. Refugee.

 


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13903522


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