ALBERT CAMUS: DO ABSURDO A AFIRMAÇÃO DA VIDA

PEDRO HIAGO ALBUQUERQUE FERREIRA

Resumo


Albert Camus, filósofo franco-argelino, demonstra em sua vasta produção, desde seus escritos na juventude até suas obras maduras, que a temática do absurdo sempre esteve presente em sua filosofia, em contraposição às preocupações éticas-filosóficas de sua época. O objetivo deste estudo é compreender como o absurdo, enquanto uma condição da existência humana, permite a afirmação da vida. Partindo inicialmente da compreensão do absurdo no contexto da vivência do homem contemporâneo, com suas adversidades e incertezas, mergulhamos no sentimento de angústia e nos defrontamos com uma questão: vale a pena viver? Na tentativa de escapar dessa situação, buscamos maneiras de suprimir o absurdo, o que Camus denomina como suicídio. Diante dessas angústias e desejos de negar a vida, surge a problemática: como afirmar a vida diante dessa condição humana absurda? Camus aborda a questão do absurdismo de tal maneira que sua reflexão sobre essa condição existencial nos faz refletir positivamente sobre a vida. Para isso, o filósofo se inspira na luta constante de Sísifo, pois mesmo enfrentando todas as dificuldades que recaem sobre sua existência, ele se esforça diariamente para chegar ao topo da montanha e, dali testemunhar a rocha rolar novamente para baixo. Apesar do árduo desafio, Sísifo não desiste de se colocar novamente na jornada da vida.


Palavras-chave: Camus. Absurdo. Sísifo. Afirmação da vida.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13122505


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