ALEGORIA E MELANCOLIA EM O CENTAURO NO JARDIM, DE MOACYR SCLIAR

ROSANGELA MACHADO PEREIRA MALVACCINI

Resumo


Esta pesquisa é um estudo sobre o romance O centauro no jardim (2011), publicado em 1980 pelo médico e escritor sul-rio-grandense, de origem judaica, Moacyr Scliar. Trata-se de uma história que se passa entre 1935 a 1973 no sul do país, período em que é narrada a vida de Guedali, um centauro judeu que começa a enfrentar o mundo a partir do estranhamento entre a sua condição física e o restante dos seres humanos. Observamos que o autor recorre à utilização da alegoria ao dar vida a uma figura mítica, fazendo com que o elemento fantástico da narrativa, representado pela figuração de um ser mágico, suscite a tensão presente na história. Em seguida, discutimos a influência dos elementos míticos na cultura ocidental, de que maneira a alegoria é recorrente na literatura e como ela está presente no corpus analítico desta pesquisa. A partir do estudo do teórico Walter Benjamin, analisamos, então, o romance de Moacyr Scliar. Nossa hipótese está fundamentada na relação entre a alegoria e a melancolia que incidem sobre o protagonista Guedali e sobre o seu comportamento ao longo da narrativa. Para isso, recorremos ao mapeamento e à análise das principais frentes relacionadas ao conceito de melancolia, que perpassam a cultura, a história, a filosofia e a arte, criando uma reflexão ampliada sobre o assunto a partir da referência constante a passagens do romance, utilizando, por fim, a pesquisa exploratória que envolve autores como Giorgio Agamben, Susan Sontag, Walter Benjamin, o próprio escritor Moacyr Scliar, dentre outros. Palavras-chave: Alegoria;Melancolia;Moacyr Scliar

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Referências


EDMON NETO DE OLIVEIRA Orientador

MOEMA RODRIGUES BRANDAO MENDES Docente

NICEA HELENA DE ALMEIDA NOGUEIRA Participante Externo

Data de defesa: 05/04/2021


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