AMARRAS EXISTENCIAIS: A ESCRITA DE CAIO FERNANDO ABREU

Resumo

Resumo:A presente pesquisa investiga, no conjunto de contos e crônicas publicados nos livros Ovelhas negras, Morangos mofados e Pequenas epifanias, do escritor Caio Fernando Abreu, as influências sofridas por tais obras, devido às amarras da existência. Tais amarras revelaram-se fortemente impregnadas na vida do autor, causando inquietações, sofrimentos e repressões que perpassam sua obra. Por isso, essas se mostram, muitas vezes, a mola propulsora da produção analisada, como forma de luta e contestação às interdições socioculturais impostas. Assim, nesta investigação, as citadas amarras estão associadas à experiência vivenciada por Caio com a homoafetividade, AIDS, repressão, exílio e morte. Sob essa perspectiva, articulam-se no universo das obras, o real e o ficcional, materializados na escrita de Caio Fernando. Para dar conta dos aspectos mencionados, a pesquisa utiliza-se de algumas cartas do escritor que foram organizadas por Italo Moriconi no livro Caio Fernando Abreu Cartas, além dos aportes teóricos da filosofia e da crítica literária, fundamentando-se em autores como, René Descartes, Marilena Chauí, Antonio Candido, Sigmund Freud, Nelson Barbosa, Anna Faedrich, além de outros que se fizeram indispensáveis ao estudo proposto.Palavras-chave:Caio Fernando Abreu;Amarras existenciais;Biografia;Autoficção