REPRESENTAÇÕES DA MULHER NEGRA NOS ROMANCES ÚRSULA E EU, TITUBA, FEITICEIRA... NEGRA DE SALÉM
Resumo
Neste trabalho pretende-se analisar o romance afro-brasileiro Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, relacionando-o à obra da escritora guadalupense Maryse Condé, Eu, Tituba, Feiticeira... Negra de Salem, tendo como ponto de partida duas personagens centrais das duas narrativas: Susana e Tituba, duas mulheres negras que possuem em comum o trauma de terem em sua história a marca da travessia no porão do navio negreiro entre os continentes africano e americano. Susana, ainda jovem, capturada em seu continente de origem, a África; e Tituba, ainda no ventre de sua mãe, concebida por meio de um estupro no interior do navio. Susana mostra-se como personagem fundamental para o entendimento da posição de Maria Firmina dos Reis; ao narrar o seu cativeiro em primeira pessoa, no capítulo IX do romance, a personagem africana demonstra plena consciência da situação do negro que é escravizado e transportado a força da sua terra de origem. Já na obra de Maryse Condé, recuperando um fato histórico do século XVII, a escritora apresenta desde o princípio uma personagem marcada pela condição de negra no período, aparecendo como detentora de uma espécie de destino que assinalaria toda a sua existência. Desse modo, ambas apresentam uma forma de representar a mulher negra americana, situando suas histórias em espaços e tempos determinados acabam por se aproximar no que tange a condição de ambas em meio à sociedades patriarcais.
Palavras-chave: Susana. Tituba. Sociedade patriarcal. Escravidão.
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