O CORAÇÃO GROSSO E SUA MARCHA: Uma aproximação entre Graciliano Ramos e Clarice

Lúcia Helena

Resumo


Em Vidas secas, Graciliano Ramos oferece ao leitor a possibilidade de reverum tema candente: a situação de exclusão do brasileiro retido na penúria pelo descalabro político e social do mandonismo e da impunidade no cenário dos anos 1930 - 1940 entre nós. O Brasil, ao buscara confirmação de sua entrada na modernização, fazia-o a toque de caixa, e contra os interesses dos que estavam à margem do mínimo de dignidade de vida. Isso indicava uma supervalorização do progresso como algo técnico e empurrado pela ambição econômica, descurando-se das consequências humanas a pagar por isso. Neste sentido, a obra de Graciliano inaugura, com integridade ética e secura de linguagem, um
manancial de crítica e questionamento, que faz de seu romance um texto que, sendo obra estética, não se esquece do compromisso social que também envolve o ato de escrever, especialmente em um país de miseráveis mantidos sob o cutelo de um poder discriminatório. Graciliano, com Vidas Secas, e Clarice Lispector, revisitando o cenário do romance que retoma o migrante nordestino, em A hora da estrela, dão voz a dois personagens magníficos de nossa literatura: Fabiano e Macabéa. Neste artigo procedemos a uma comparação entre os dois escritores, seus escritos e seus dois personagens, procurando traçar um perfil da construção da modernidade em nossas plagas.


Palavras-chave: Graciliano Ramos. Clarice Lispector. Vidas Secas. A hora da estrela.


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