SABERES MATEMÁTICOS EM DIÁLOGO COM PAULO FREIRE: COM A PALAVRA AS CRIANÇAS DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÃO FÉLIX
Resumo
O presente artigo trata-se de um excerto da tese de doutoramento em Educação, defendida em 2021. Com a finalidade de apresentar a interlocução da Matemática com gêneros textuais diversos, imersos em práticas pedagógicas pautadas em metodologia freireana, o texto apresenta o protagonismo de estudantes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola quilombola em Minas Gerais. Em duas turmas multisseriadas, a escola quilombola local congrega estudantes de 4 a 12 anos, que não se intimidam diante do espaço para apresentar seus saberes-fazeres, em que a leitura de mundo e a leitura da palavra encontram-se imbricadas em uma riqueza sem igual. Utilizando como aparatos metodológicos a pesquisa-ação, a observação participante e recursos da Etnografia, a pesquisa utiliza os círculos de cultura freireanos para a coleta de dados, que darão origem às oficinas que pretendem conhecer os saberes-fazeres matemáticos presentes entre os estudantes, com vista a reconhecer nestes as marcas identitárias da comunidade local. Não é de surpreender a vivacidade e sagacidade dos estudantes, bem como sua curiosidade e perguntas que fluem com facilidade. Pôde-se depreender do trabalho que as práticas de Numeramento e o ensino da Matemática podem sair do seu lugar comum, tendo a seleção de seus conteúdos curriculares pautados nos saberes prévios dos estudantes, assim como ser imprescindível uma aproximação com os aspectos histórico-culturais da comunidade na qual os mesmos encontram-se inseridos.
Palavras-chave: Educação Escolar Quilombola. Matemática. Numeramento. Paulo Freire.
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