A NOITE SOB O OLHAR DO ARLEQUIM

Édimo de Almeida PEREIRA

Resumo


Remontar aos estudos sobre o Modernismo na Literatura Brasileira faz exsurgirem, dentre tantos outros escritores que alavancaram as propostas estéticas e literárias desse movimento cultural, dois importantes nomes. Referimo-nos, pois, a Mário de Andrade e Oswald de Andrade, companheiros de trajetória intelectual sem par. Por meio deste trabalho, desenvolvemos algumas reflexões acerca do poeta, escritor, crítico literário, musicólogo e ensaísta Mário de Andrade, como forma de destacar a importância do autor para o panorama da Literatura Brasileira, enquanto precursor da Semana de Arte Moderna e do próprio Movimento Modernista no Brasil. Ao mesmo tempo, a fim de salientarmos a presença dos sentidos como força motriz da escrita do poeta paulista, enquanto meio de libertação do espírito humano – com a devida amplitude de conotações que a palavra libertação podia suscitar aos escritores da época – e de manifestação de uma estética com matrizes nos valores e objetivos preconizados pela vanguarda surrealista europeia dos anos 1920, empreendemos também uma breve análise dos versos de Noturno, décimo sexto poema de Paulicéia desvairada, livro lançado pelo autor em 1922.

Palavras-chave: Mario de Andrade. Modernismo. Noturno. Palavra. Surrealismo.


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