A HOS-TI-PITALIDADE DO UM ANEL: UMA LEITURA DO CONCEITO DERRIDIANO NA OBRA O SENHOR DOS ANÉIS
Resumo
A sociedade do Anel (2019a [1954]), primeira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, é uma história sobre jornada, viagem, hostilidades e hospitalidades. O presente artigo examina de que modo se organizam as relações de hospitalidade ao redor de um dos protagonistas da trama: o Um Anel, que se apresenta como objeto animista, posto que contém o “mana”, isto é, a energia de Sauron – seu criador. Por meio da análise de excertos da obra literária de Tolkien, mostramos que as principais expressões da hospitalidade oferecida ou recebida pelo Um aproximam-se, na verdade, do que o filósofo Jacques Derrida (1930-2004) chamara de hos-ti-pitalidade – a inevitável mescla entre hospitalidade e hostilidade à qual está sujeito todo acolhimento ao estrangeiro. Além da obra A sociedade do Anel, consideraremos também trechos da última parte da mesma trilogia, intitulada O retorno do Rei (2019c [1954]), além da narrativa sobre a origem do Um Anel, em O Silmarillion (2011 [1977]). A fim de embasar as discussões a respeito da hospitalidade, partimos das considerações filosóficas de Marie-Claire Grassi, Jacques Derrida e Emmmanuel Levinas, além de retomar a definição previamente desenvolvida de hospintralidade.
Palavras-chave: Hospitalidade. Hos-ti-pitalidade. Hospintralidade. O Senhor dos Anéis. Um Anel.
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