O NÃO HUMANO E O HUMANO EM “CAMPO GERAL” DE ROSA: O OLHAR INTERROGATIVO DO MENINO QUE BEBIA UM GOLINHO DE VELHICE
Resumo
A novela Campo Geral é a história de um menino imerso em um mundo abissal, vivendo as agruras de uma vida miserável, juntamente com a família, no interior das gerais, condição essa, de aniquilamento da infância e um afastamento do mundo da criança e suas especificidades. Essa condição de fragilidade e dureza descortina a realidade brutal vivida pelo protagonista, afastando-o sistematicamente do humano e, concomitantemente, o aproximando do não humano, lugar onde se sente livre, feliz, acolhido, numa imbricada relação de pertencimento. Este artigo propõe uma leitura do espectro fronteiriço entre o não humano e o humano na novela Campo geral, de Guimarães Rosa, partindo da corrente mecanicista de Descartes, encontrando nas ruínas dessas relações entre o não humano e o humano o ponto de desmontar, de desconstruir, o conceito tradicional do não humano, atrelado ao lado selvagem e instrumentalista, buscando reavivar algo de arquétipo que possibilita remontar, ressignificar esse conceito numa perspectiva mais responsável e humana.
Palavras-chave: Não humano. Humano. Espectro fronteiriço.
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