MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO NA SOCIEDADE E NA CULTURA BRASILEIRAS: A POESIA AFRO-BRASILEIRA DE SOLANO TRINDADE E ADÃO VENTURA

Daiana Nascimento dos SANTOS, Édimo de Almeida PEREIRA

Resumo


Cento e trinta e dois anos, contados a partir da assinatura oficial da Lei Áurea, separam os tempos de violência e de exploração da força de trabalho retirada do continente africano em prol do desenvolvimento da então colônia do império ultramarino português no Novo Mundo e os dias que vivenciamos no Brasil do século XXI. Tal constatação insta-nos ao exercício de pensarmos a memória por intermédio do presente artigo, que tem por objetivo estabelecer uma reflexão não só a respeito da instauração do regime escravista no Brasil e da memória em relação ao período em que o mesmo vigorou no país, como também a respeito das implicações da presença negra outrora escravizada na conformação do que são a sociedade e a cultura brasileiras contemporâneas. Nesse expediente, iremos nos valer da observação de aspectos da poesia levada a termo pelo escritor pernambucano Solano Trindade, bem como pelo poeta mineiro Adão Ventura, tomando por base, nesse caso, as duas vertentes criativas identificáveis na obra desse autor. Em um segundo momento, recorreremos a aspectos socioculturais da contemporaneidade brasileira em torno da temática em questão, no que teceremos considerações a partir de aspectos presentes no enredo do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Paraíso do Tuiutí, agremiação vice-campeã do Carnaval carioca de 2018, que trouxe para o centro de uma das maiores manifestações culturais nacionais a indagação Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão? Pensarmos a escravidão no Brasil e os efeitos da mesma sobre a constituição de um imaginário ora presente, ora aparentemente ausente no cotidiano da população e da cultura brasileiras leva-nos,  então, a recorreremos aos aportes teóricos de diversos estudiosos, tais como, Clóvis Moura, Kabengele Munanga, Nilma Lino Gomes, Oswaldo de Camargo, Grada Kilomba e Marianne Hirsch, dentre outros.

 Palavras-chave: Contemporaneidade. Escravidão. Memória. Poesia.


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