EM DEFESA DA LITERATURA INDÍGENA: A ATENÇÃO À LITERATURA TRADICIONAL DOS CANTOS XAMÂNICOS E DAS NARRATIVAS PRIMORDIAIS
Resumo
Apresento resultado de pesquisa em torno das narrativas que circundam as entidades solares Jurupari, Makunaíma e Kuwai. Defendo seu pertencimento à Literatura Indígena como parte da Literatura Brasileira e, nesse sentido, alinho-me com as propostas de Risério (1993), Medeiros (2002), Cesarino (2011; 2013) e Sá (2012). Chamo a atenção para a necessidade de se abordarem as narrativas míticas em íntima relação com outras artes verbais ameríndias com que formam um mesmo fenômeno cultural. Para tanto, baseio-me particularmente em pressupostos presentes na obra do linguista, poeta e tradutor francês Henri Meschonnic (1989; 2010), no que diz respeito à historicidade, ao ritmo e ao processo de subjetivação como elementos próprios à arte poética e necessários na tradução literária. Os resultados de pesquisa apontam para a necessidade de alertarmos para dois processos de tradução que se fazem presentes no que tange à literatura indígena tradicional e à sua versão poética em língua portuguesa: por um lado, aquele que existe na própria realização dessa arte, na medida da integração (devoração) recíproca de elementos nela presentes; por outro lado, no que concerne à tradução propriamente dita para a língua portuguesa, que necessita levar em conta critérios próprios à tradução literária, no que implicam o ritmo e o processo de subjetivação.
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