FÉ E RAZÃO COMO VIAS DE ACESSO AO CONHECIMENTO DE DEUS NO PENSAMENTO DE TOMÁS DE AQUINO

João Victor Melo MARTINS, Regina Lúcia Praxedes de MEIRELLES

Resumo


O contato mais próximo dos pensadores latinos com o aristotelismo trouxe ao século XIII uma intensa reflexão acerca da relação entre fé e razão. Situa-se neste contexto a figura de Tomás de Aquino. Este trabalho visa abordar sua compreensão desta relação e do conhecimento de Deus que a partir dela se pode obter. Para Tomás, as criaturas participam do ser de Deus e de Sua verdade, e, assim, o conhecimento racional, oriundo da experiência sensível, não pode se opor à fé, porque tem Deus como fonte comum.  Se as criaturas se assemelham em parte a Deus, pode-se conhecê-lo parcialmente por meio delas. Destarte, Tomás elabora cinco vias de comprovação da existência de Deus pela experiência sensível e ainda demonstra alguns atributos da essência divina, negando de Deus os limites pelos quais as criaturas d’Ele se distinguem e afirmando d’Ele em grau máximo as perfeições pelas quais as criaturas a Ele se assemelham. Para Tomás, porém, o conhecimento natural de Deus não corresponde ao fim sobrenatural a que o homem está orientado, e por isso conveio que Deus revelasse as verdades de Si a que não se pode acessar pela razão. Ademais, porque nem todos estão aptos a conhecer de Deus o que se pode acessar naturalmente, conveio-Lhe revelar também as verdades naturalmente acessíveis.

 Palavras-chave: Fé. Razão. Conhecimento de Deus. Tomás de Aquino.


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