NAVEGAÇÕES, NEGAÇÕES, VIAGENS E REPRESENTAÇÃO DE MULHER NA LITERATURA NA PERSPECTIVA DE ANA CRISTINA CESAR
Resumo
Na história da Literatura ocidental, no que diz respeito à viagem, há duas representações de mulher. A mesma ou significa a impossibilidade da viagem, território masculino, sendo reservado à mulher o papel da espera, protegida no refúgio do lar, contra os perigos do mundo, demasiado grandes para uma suposta fragilidade feminina, ou a mesma se inscreve entre os signos de mistério, perigo e/ou conquista a espera do domínio fálico, servindo, então, tais signos femininos como meios de autoafirmação da potência masculina na aventura da viagem. Usando as ferramentas dos Estudos Culturais, o presente estudo mostra como essa representação feminina construída por homens desde a antiguidade até a Literatura mais recente vai ser objeto de desconstrução por parte da poeta Ana Cristina Cesar, que vai estabelecer uma relação intertextual de réplica com importantes textos que de alguma maneira tratam da viagem, mas agora a partir da exposição da negação à viagem a que foi relegada a mulher. Veremos como a autora dialoga com textos clássicos, como Odisseia, de Homero e On the Road de Jack Kerouak.
Palavras-chave: Representação de mulher. Viagem. Literatura.
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