LÁ, NO SAPEZINHO DO BOM GOSTO, CRESCE O BURANHÉM NOVO, FLORESCE O OITIZEIRO, CHEIRAM OS CAJUEIROS E GERMINAM OS UMBUZEIROS: UMA ANÁLISE LEXICAL DE TOPÔNIMOS HÍBRIDOS DO RECÔNCAVO BAIANO

Lana Cristina Santana, Marcela Moura Torres Paim

Resumo


RESUMO

O topônimo (nome de um lugar) é um signo motivado semanticamente, pois há sempre um vínculo entre a denominação (o topônimo) e o ambiente físico ou antropocultural em que o denominador está inserido. Para recuperá-lo, parte-se, inicialmente, de uma verificação etimológica desse material linguístico, a fim de identificar o seu estrato dialetal e, em seguida, prossegue-se em uma pesquisa sincrônica, encaixando-o no contexto linguístico, sociocultural e geográfico da sociedade a qual pertence. O trabalho, aqui apresentado, busca investigar os topônimos híbridos do Recôncavo da Bahia, visando demonstrar a integração entre o estrato dialetal indígena e europeu, averiguada a partir da microtoponímia dessa região: nomes de fazendas, comunidades e hidrografia.

 

 

Palavras-chave: Toponímia. Híbridos. Recôncavo baiano. Identidade sociocultural.


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