OPERAÇÕES FRAGMENTÁRIAS NA CONTEMPORANEIDADE: A DESMATERIALIZAÇÃO DA ESCULTURA CONTEMPORÂNEA E A REMODELAÇÃO DA ARQUITETURA MUSEAL
Resumo
A década de 1980 caracterizou-se por uma profunda alteração estrutural em seus formatos comportamentais e culturais. A escultura como campo plástico sofreu, em consequência, um reposicionamento dentro de seu universo teórico e prático. Propõe-se aqui uma leitura que objetiva afastar-se de uma visão tautológica da obra de arte, pulverizando uma visão puramente iconológica do objeto e recuperando a sensualidade de suas ontologias e genealogias. A partir da latência identificada no objeto minimalista pela teoria de arte francesa, primordialmente em Didi-Huberman, traçou-se uma perspectiva de recuperação da sensualidade comunicacional da escultura, do modernismo até a atualidade, demonstrando como a fetichização do suporte e os flertes com diversos campos disciplinares acarretou uma libertação da escultura de seus cânones anacrônicos, tornando-se pós-moderna, pós-histórica e expressando em uma pós-estética. Por fim, intentou-se comprovar como tal reconfiguração angariou uma profunda remodelação dos espaços museológicos, insistindo numa crise do cubo branco modernista e inserindo a poética da caixa preta da sociedade do espetáculo.
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PDFReferências
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