EMPREGO DOS DIMINUTIVOS EM XIRONGHA (BANTU, TSONGA)
Resumo
O objetivo deste artigo é examinar e descrever as construções diminutivas na língua Xirhonga, a qual pertence ao grupo linguístico Bantu. Mostraremos que, nesta língua, a diminutivização pode ser realizada por meio de duas estratégias básicas, uma morfológica e outra lexical. A primeira consiste no emprego dos morfemas circunfixais {xi-..........-ana} e {svi-..........-ana}. Essas unidades gramaticais denotam diminutivização no singular e no plural, respectivamente. Assumimos que, de modo a atender ao Princípio do Contorno Obrigatório, para a realização da diminutivização no plural, o circunfixo {svi-..........-ana} é acrescentado aos substantivos no singular e não no plural. Ainda em relação à morfologia, averiguamos os processos fonológicos de diminutivização de acordo com a terminação do tema nominal. Assim, se o nome terminar em a, e, i ocorre elisão; se ele terminar em o, u o processo é a semivocalização; porém, quando a terminação for -ana ocorre substituição. As palavras das classes 7 e 8 apresentam um comportamento especial, uma vez que já possuem o prefixo de classe {xi-} e {svi-}, singular e plural, respectivamente. Nestes contextos, o primeiro item do morfema circunfixal ({xi-/svi-}) não é acrescentado ao complexo; evitando, assim, repetições desnecessárias. Contudo, caso o nome pertencente às classes 7 e 8 exiba padrão monossilábico, há acréscimo e repetição dos prefixos {xi-} ou {svi-} com o intuito de se garantir a estrutura -CVCV- da palavra. Finalmente, no que se refere ao componente lexical, para a formação de palavras diminutas, a língua recorre à palavra ntrongo “pequeno” com acepção hipocorística.
Palavras – chave: Línguas Bantu, Rhonga, Morfologia, Diminutivização.
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