“REMAR PARA LIBERTAR”: COMPREENSÕES SOBRE AS EGRESSAS DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE E INTERNAÇÃO
Resumo
O presente artigo é resultado de uma pesquisa de revisão narrativa sobre as compreensões das egressas de medida socioeducativa (MSE) de semiliberdade e internação relacionadas aos impactos do cumprimento destas medidas na construção da subjetividade no pós-medida. Este artigo é dividido em quatro seções, em que se discute, primeiramente, as adolescências e a relação com a criminalidade; o funcionamento das instituições que aplicam as MSEs, as casas de semiliberdade e os centros socioeducativos (medida de internação); os impactos das relações de gênero e sexualidades; e as consequências da institucionalização enquanto egressas. Durante a pesquisa, foram encontrados poucos artigos científicos que discutem especificamente sobre a trajetória das egressas, o que chama atenção para a negligência e marginalização em que vivem. Os resultados desta pesquisa indicam que adolescentes e jovens egressas enfrentam desafios decorrentes de múltiplos fatores, principalmente os relacionados ao gênero e à sexualidade, como a estigmatização, os estereótipos de gênero e papeis sociais impostos pelo patriarcado. Aponta-se que as políticas públicas voltadas para esse público devem considerar as vulnerabilidades de gênero e a importância de uma abordagem cuidadosa da psicologia diante delas.
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