O SUJEITO DE FREUD A LACAN: A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE NA SOCIEDADE LÍQUIDA E NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo

O presente artigo oferece uma análise da evolução do conceito de sujeito na Psicanálise, destacando as influentes contribuições de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Ao contextualizar as respectivas teorias dentro das significativas transformações culturais e sociais de suas épocas, o estudo investiga como as perspectivas psicanalíticas podem auxiliar os complexos desafios da subjetividade na era contemporânea, caracterizada pela fluidez e a incerteza da modernidade líquida, conforme descrito por Zygmunt Bauman, e pela crescente e onipresente influência da inteligência artificial. Explorando a interseção entre Psicanálise e tecnologia digital, o artigo analisa como as identidades e as relações interpessoais são moldadas e transformadas nesse novo cenário. A influência das tecnologias digitais e das redes sociais na construção da identidade e na percepção do sujeito é examinada, destacando a crise de identidade e a superficialidade nas interações humanas que emergem dessa dinâmica.Ademais, o texto sugere um debate crítico entre a teoria psicanalítica clássica e as novas demandas da contemporaneidade, investigando os impactos da tecnologia na subjetividade e a forma como a Psicanálise pode se adaptar para abordar os desafios únicos do século XXI. Ao integrar novas realidades tecnológicas e sociais, a Psicanálise continua a oferecer uma estrutura valiosa para a análise da subjetividade e das dinâmicas de identidade na atualidade. Dessa forma, a contínua exploração das teorias de Freud e Lacan se faz essencial para uma compreensão profunda da subjetividade humana em um mundo em constante transformação. A Psicanálise, ao dialogar com as evoluções tecnológicas e sociais, reafirma sua relevância e capacidade de fornecer insights profundos e ferramentas terapêuticas eficazes para lidar com os desafios contemporâneos de identidade, desejo e relacionamento humano.