PSICANÁLISE, A ESCUTA DA MULHER E O DIÁLOGO COM O FEMINISMO
Resumo
Freud foi um dos pioneiros em dar voz às mulheres através da escuta psicanalítica em seus atendimentos, especialmente em um contexto social onde a voz feminina era frequentemente silenciada ou desvalorizada. Ao tratar mulheres com sintomas de histeria, Freud permitiu que elas expressassem suas experiências, medos, angústias e desejos, trazendo à tona aspectos profundos de suas subjetividades. No entanto, as interpretações de Freud, como as teorias da “inveja do pênis” e do complexo de Édipo, muitas vezes geraram questionamentos posteriores, muito embora essas teorias tenham fornecido um ponto de partida para a compreensão das dinâmicas psicológicas femininas, elas também foram vistas por muitas teóricas feministas como limitadas e, em alguns aspectos, redutoras. Desse modo, o presente estudo, através de pesquisa bibliográfica, tem o objetivo de abordar a complexa relação entre a mulher e a psicanálise, analisando as contribuições de Freud e o impacto do feminismo sobre a teoria formulada segundo Freud. No mesmo sentido, pretende-se explorar, ainda, o papel da histeria na psicanálise, discutindo a queixa histérica e como ela expressa desejos reprimidos, tanto para Freud quanto para Lacan. Como principais resultados destaca-se o fato de que Freud deu voz às mulheres através de sua escuta. Pode-se concluir que Freud e Lacan apontam que o sintoma histérico expressa conflitos inconscientes e desejos reprimidos. O desejo de insatisfação se torna uma característica central da histeria, mantendo o sujeito em um ciclo contínuo de frustração. Freud promove o estudo da psique feminina e Lacan traz posteriormente uma nova perspectiva sobre a feminilidade.
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