A FASE DE MANIA NO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: POSSÍVEIS INTERVENÇÕES PSICANALÍTICAS
Resumo
A pesquisa teve como objetivo compreender o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), com ênfase no episódio maníaco, analisando historicamente os sintomas. O estudo também buscou entender o sofrimento psíquico do sujeito e abordagem medicamentosa do transtorno. Além disso, diferenciou as intervenções terapêuticas psiquiátrica e psicanalítica. Considerações relevantes quanto ao tema partem dos estudos sobre a mania ao longo do século XIX, na psiquiatria francesa, com Philippe Pinel e Jean-Étienne Esquirol, e na alemã, com Emil Kraepelin. Também ocorrem algumas modificações ao longo dos primeiros manuais de diagnósticos e estatísticos até o quinto volume. O mais recente, de 2014, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), descreve os sintomas das fases maníacas e depressivas, além de discutir os diagnósticos diferenciais do TAB, dividido, principalmente, em Tipo 1 e Tipo 2. Procurou-se compreender a visão da Psicanálise sobre a mania por meio dos trabalhos de Sigmund Freud e Marcel Czermak, apesar do pouco material disponível. Foram destacadas as diferenças entre as intervenções da psiquiatria, com uma abordagem mais centrada no uso de medicamentos como o lítio, e da psicanálise, que utiliza da associação livre, atenção flutuante e transferência, balizas para o manejo do sofrimento psíquico. Conclui-se que é fundamental o diálogo entre as duas áreas e como podem colaborar mutuamente. As consequências do TAB são significativas e merecem ser estudadas mais profundamente por diversas áreas do conhecimento, visando o bem-estar dos acometidos por essa condição.
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