DA LOUCURA CIRCULAR AO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: OS IMPACTOS DIAGNÓSTICOS E O ESTIGMA ENFRENTADO PELO PACIENTE

Ana Luísa Freitas Coutinho, Marília Barroso de Paula

Resumo


A vinculação do comportamento do ser humano e o transtorno afetivo bipolar, datada desde a antiguidade, abre alternativas para a compreensão do que se considerava apenas um transtorno de humor. Desde 2013, contudo, com o advento do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), este quadro caracterizase como um transtorno afetivo. O referido Manual traz, ainda, o conceito e a classificação desse transtorno, em tipos I e II, cuja diferença consiste na presença de estágios de mania, hipomania e depressão maior. O dado concreto é que, antes ou depois do DSM-V, aquele que apresenta sintomas do transtorno afetivo bipolar, ainda que não diagnosticado, carrega um estigma de ser diferente, o que também impacta negativamente na vida social do portador ao buscar um padrão de comportamento esperado. Outro aspecto agravante da bipolaridade diz respeito à falta de qualificação pessoal que envolve o entorno dos portadores. Familiares e cuidadores, em muitos casos, não dispõem de informações suficientes para a gama de situações nas quais precisam interagir, o que pode resultar em mais sobrecarga para cada um dos envolvidos e prejuízo terapêutico para o portador do transtorno mais vulnerável. Mostram-se necessárias medidas que possam auxiliar essas famílias e os portadores a enfrentarem as adversidades.

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