A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO A PARTIR DA AMBIVALÊNCIA E DA ANGÚSTIA DE SEPARAÇÃO: OS CONTOS DE FADAS COMO TESTEMUNHO DA ANGÚSTIA

Luísa Levate Petra, Regina Coeli Castelo Prudente

Resumo


O presente trabalho visa relacionar a teoria da angústia de separação, os contos de fadas e a clínica infantil. O texto aborda o desenvolvimento emocional da criança e as fases de separação e individuação que podem levar à angústia de separação. Além disso, tem como questionamento central se é possível que os contos de fadas sejam considerados como métodos projetivos no setting terapêutico, de modo que o sujeito lide melhor com o processo de separação. Sendo assim, objetiva-se com este trabalho investigar a possibilidade de os contos de fadas servirem de recurso para a angústia e separação no desenvolvimento psicoemocional infantil. Especificamente, visa a compreender o que a angústia de separação evidência sobre a relação parental e, além disso, pretende relacionar as vivências da infância com os contos de fadas como uma ferramenta de projeção para a angústia de separação.No texto são considerados três contos de fadas,sendo eles:“João e Maria”, “Cinderela” e “Bela Adormecida”, que abordam a angústia de separação e trazem uma visão para além da sexualidade infantil. Por fim, o trabalho traz consigo conceitos psicanalíticos e teóricos de autores, como Mahler, Spitz, Betelheim, Winnicott e Cashdan que foram fundamentais para a discussão das questões levantadas. O estudo contribuiu para o entendimento dos contos de fadas como uma ferramenta que contribui para o desenvolvimento psíquico e emocional na criança e para a análise do paciente infantil, através do contexto cultural em que a criança está inserida e das projeções feitas por ela sob os contos em questão.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.12795976


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