TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO: FLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA COMO POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Bruna Aparecida Duarte Fonseca, Thaís Cristina Pereira Ferraz

Resumo


O suicídio é um grave problema de saúde pública global que exige estratégias preventivas devido ao alto índice de vítimas. Nesse sentido, a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) desperta interesse por abordar o sofrimento humano através do modelo de flexibilidade psicológica, podendo ser utilizada para compreender e tratar problemas e comportamentos transdiagnósticos complexos. Este artigo buscou, por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, discutir a viabilidade de utilização da ACT na prevenção do suicídio, com base na flexibilidade psicológica, uma vez que essa é uma abordagem baseada em processos. Para a ACT, o sofrimento é inerente à condição humana e o suicídio é uma manifestação extrema de esquiva experiencial, ligada a um comportamento verbal inflexível,prejudicando comportamentos orientados por valores e resultando em restrição comportamental. A inflexibilidade psicológica desempenha um papel central na tendência suicida, de modo que intervenções baseadas na promoção da flexibilidade psicológica, que resultem na ampliação de repertório e na busca de uma vida orientada por valores, auxiliariam no enfrentamento de emoções e pensamentos difíceis. Considerando as alterações promovidas pela ACT nesses aspectos, o presente trabalho descreve que estratégias direcionadas para a ampliação do repertório comportamental e da flexibilidade psicológica podem constituir intervenções preventivas para o comportamento suicida, sendo necessário o desenvolvimento de mais pesquisas que corroborem tal hipótese.

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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.12783921


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