SEMANA DE QUATRO DIAS ÚTEIS DE TRABALHO E POSSÍVEIS EFEITOS NA SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES

Gabrielle Tenório Sabino da Costa, Vânia Lucia Pereira Andrade

Resumo


A saúde mental é um tema que tem se associado, cada vez mais, às novas formas de organização de trabalho. Com o surgimento da pandemia da COVID-19, tópicos como doenças ocupacionais e jornadas flexíveis voltaram a ser enfatizados. Neste sentido, a semana de quatro dias úteis surge como um modelo de jornada de trabalho em que, ao invés de se trabalhar cinco, trabalha-se quatro dias por semana, obtendo-se um dia a mais de descanso. Este estudo se propôs a compreender os possíveis efeitos na saúde mental gerados em trabalhadores decorrentes da jornada de quatro dias úteis de trabalho. Para a realização desta revisão narrativa utilizou-se da base de dados Google Acadêmico e descritores como “four-day work week” e “mental health” com publicações entre 2018 e 2023. Os resultados, provenientes da adoção de jornada de quatro dias, indicaram efeitos positivos como maior engajamento, assertividade nas tarefas e satisfação; negativos, como estresse devido à sobrecarga, conflitos na agenda de trabalho e falta de clareza se a quantidade de dias trabalhados tem mais efeitos na saúde do que a qualidade do serviço. Conclui-se que a semana de quatro dias úteis parece gerar efeitos tanto positivos quanto negativos na saúde mental dos trabalhadores. No entanto, em alguns ambientes, esta jornada parece não ser o fator determinante para a promoção da saúde mental. São necessários novos estudos e de forma mais criteriosa para entender se estes efeitos se manterão a longo prazo.

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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.12826780


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