VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PARTO: UM GRITO SILENCIOSO E SILENCIADO

Jaqueline Elaine Martins da Silva, Hila Martins Campos Faria

Resumo


A violência obstétrica é toda ação desnecessária dirigida à mulher com potencial de lhe causar danos, dor e sofrimento durante o pré-natal, parto, puerpério e em situação de aborto. Envolve a apropriação do corpo da mulher isentando seu protagonismo durante a assistência e contém um caráter psicológico, sexual e físico. Diante desse cenário de violência obstétrica, busca-se investigar acerca das experiências emocionais das mulheres decorrentes da violência sofrida durante o parto. Para isso, procura-se especificar as modalidades de parto; destacar a importância da humanização da assistência ao parto frente ao cenário da violência obstétrica; investigar a vivência do puerpério e as repercussões da violência obstétrica na saúde mental materna durante esse período, além de discutir medidas de prevenção e intervenções psicológicas que visam cuidar do impacto emocional derivado dessa violência. A metodologia utilizada para o desenvolvimento dessa pesquisa, foi uma revisão bibliográfica narrativa realizada a partir da análise de artigos e livros relacionados ao tema da violência obstétrica. Os resultados apontam para a presença de uma ambiguidade de sentimentos percebidos pela mulher parturiente o que dificulta a percepção da violência sofrida. Depressão pós-parto, alterações de humor e psicose puerperal estão entre os principais impactos encontrados. Como medidas de prevenção, destaca-se o cumprimento da Lei do acompanhante e a presença da doula. As intervenções psicológicas compreendem as avaliações no período perinatal seguidas de ações educativas individuais e familiares, através de trabalho multidisciplinar com incorporação das práticas de humanização, a fim de conferir proteção, autonomia e saúde mental à mulher parturiente.

 

Palavras-chave: Saúde da mulher. Parto. Violência Obstétrica.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13354969


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