O IMPACTO DAS CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA NA VIDA DE IDOSOS ACIMA DE 60 ANOS, SOB A ÓTICA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

A transição demográfica é uma realidade mundial, dados da OMS apontam que a proporção de pessoas idosas tem crescido mais rapidamente que em qualquer outro grupo etário. Nesse sentido, verifica-se a importância de investigar sobre as condições que proporcionam qualidade de vida na velhice, além das variações que esse período comporta. A ocorrência de eventos estressantes, muito presente nesse período do desenvolvimento, por si só não determina consequências negativas para os idosos, uma vez que sofrerá influência da avaliação cognitiva que tais eventos exercem sobre recursos pessoais e sociais e as estratégias de enfrentamento que são capazes de acionar. Isso se relaciona, em grande parte, aos mecanismos de autorregulação do self, destacando-se dentre eles as crenças de autoeficácia, descrita por Bandura, através da teoria social cognitiva. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo discutir o impacto que o trabalho das crenças de autoeficácia, sob a ótica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pode exercer na qualidade de vida em idosos, articulando conceitos e estabelecendo uma interseção entre os temas. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, de caráter exploratório, compreendendo livros e outras publicações que demonstrassem relevância para o estudo. A partir disso, foi possível verificar que a TCC, apesar de demonstrar eficácia na reestruturação cognitiva, é uma ferramenta pouco estudada no que se refere às crenças de autoeficácia. Portanto, ratifica-se a necessidade de produções que a investiguem enquanto recurso para reestruturação das crenças de autoeficácia e, ainda, como esse trabalho pode ser adaptado ao contexto clínico com idosos.

Palavras-chave: Idosos. Envelhecimento. Crença de autoeficácia. Terapia Cognitivo-Comportamental.