“AINDA VIRO ESTE MUNDO EM FESTA, TRABALHO E PÃO” : POSSIBILIDADES DE (RE)EXISTÊNCIA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PLANTIO SOLIDÁRIO DO MST

Thamara Dias, Kíssila Mendes

Resumo


O presente artigo é um relato de experiência do Plantio Solidário, projeto desenvolvido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em parceria com diversas organizações e movimentos sociais de Juiz de Fora com o objetivo de plantar, cuidar e colher 5,5 toneladas de alimentos saudáveis. O projeto foi realizado no Assentamento do MST Denis Gonçalves, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa ação participante que utilizou como instrumento o diário de campo, sendo os dados categorizados pela análise de conteúdo do tipo temática. Destacaram-se no processo as categorias formação política, trabalho e saúde mental, que serão debatidas à luz do referencial da psicologia crítica e marxista. Podemos concluir que o processo formativo historicizado e crítico, em conjunto com o trabalho não alienado e coletivo desencadeou um sentimento de pertença e melhorias na saúde mental do público atendido. Todo esse processo, não encerrado com o fim da pesquisa, se expande e ocupa um lugar de grande importância nas lutas da atual conjuntura - derrubada do bolsonarismo e construção de um trabalho de base com horizonte o fim do capitalismo. A psicologia comunitária, em sua práxis crítica e formativa possui ferramentas que contribuem com o processo, mas cabe aqui uma necessidade de se atentar e dispor de outros saberes para que se tenha uma construção coletiva.

 

Palavras-chave: Reforma Agrária. Plantio Solidário. Formação política. Trabalho. Saúde Mental.


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