A REANIMAÇÃO PSÍQUICA DO BEBÊ NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Camila Rezende, Anna Ribeiro

Resumo


A reanimação psíquica realizada pela mãe dentro das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal– UTINs se insere enquanto forma de investimento no corpo do bebê, quando este está atravessado por uma série de equipamentos e protocolos em saúde para a manutenção do corpo orgânico. No presente artigo coloca-se o questionamento da possibilidade da mãe efetuar a reanimação psíquica do bebê em inércia relacional. Tem como objetivo a análise da condição psíquica da mãe na posição de suposto saber para reanimar o bebê, assim como de compreender o cenário que se apresenta na UTIN frente à construção de laço. A internação traz à tona questões que podem dificultar a constituição do sujeito e construção do laço mãe- bebê no início da vida. O risco de inércia relacional nos bebês pela falta de alguém que esteja no lugar de supor um sujeito frente às suas demandas, estas inicialmente da condição orgânica, coloca-se como limite e complicador deste ambiente. Desse modo, utiliza-se do arcabouço teórico- técnico bibliográfico de base psicanalítica sobre o contexto das UTINS frente a internação do bebê. Os autores Vanier, Laznik e Couvert, por meio da perspectiva de Freud e Lacan, são trabalhados como aporte sobre o funcionamento psíquico. A partir dessa construção, foi possível perceber o significativo lugar da mãe dentro dos cuidados intensivos a fim de trazer ao sujeito- por- vir, o bebê, espaço para vinculação e entrada no campo simbólico.

 

Palavras-chave: Reanimação Psíquica. Inércia Relacional. Cuidados Intensivos. Modelo biomédico. Saber Materno.


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